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- No capítulo anterior, o confuso “pastor” caluniava que foi Teodósio que “decretou” a Igreja Católica. Neste já alegava que começou com “Constantino” em “325”. Ora, escolha um blefe, “pastor”. Já que não sabia que muito antes, Cristo ‘decretou’ “uma só fé” para todos = Católica (Ef 4,5-6), e que em 106, Sto. Inácio de Antioquia já chamava a Igreja de Cristo de “Católica” (Carta aos Esmirnenses, 8, ano 106 d.C.).
- Em seguida o “pastor” insinua que Constantino sozinho, sem o Papa, convocou o Concílio de Nicéia. PURA CALÚNIA! Vejamos o registro da história:
"Levantou-se Ario como adversário da doutrina da Trindade e Constantino e [o Papa] Silvestre convocaram o Concílio de Nicéia." (Franca, Leonel, Catolicismo e Protestantismo, Ed. Agir, 2a. Ed, pág. 90).
Que Osio (legado do Papa), tivesse presidido o Concílio afirma-o Sto. Atanásio, contemporâneo de fato (Apol. de fuga sua, c. 5), afirmam-no implicitamente os próprios arianos escrevendo que ele "publicara o sínodo de Nicéia" (Ap. Athânas, Hist. arian. c. 42)".
– Dizia ainda o embusteiro: “No século XV demoliram a Igreja do Salvador para dar lugar a Basílica de São Pedro”.
– Resposta: PURA CALÚNIA! Não existia nenhuma “Igreja do Salvador” (At 17,24), Jesus a “edificou” sobre Pedro (Mt 16,18). Constantino dando liberdade aos Cristãos pediu que se edificasse uma igreja sobre o túmulo de Pedro, e construiu-se a “Basílica de São Pedro”. Em 18 de abril de 1506, iniciou-se a construção da nova e atual Basílica de São Pedro, concebida por Bramante no mesmo local. (Fonte: http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/historia_da_igreja/a_igreja_atraves_dos_tempos.html ).
- Em seguida, escorrega o “pastor”, dizendo que: “as igrejas eram livres e perderam autonomia com o Papa Inocêncio I (401), dizendo-se governante das Igrejas de Deus”.
– Resposta: PURA CALÚNIA! Repito: muito antes, São Cipriano que morreu no ano 258, escreveu:
“Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614);
“E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja Católica.” (Sobre a unidade da Igreja, cap. 4);
“Roma é a matriz e o trono da Igreja Católica.” (Epist. 48, n.3, Hartel, 607).
Puro chute!
- Ele calunia que o Papa Leão I (440) prescreveu que “resistir a sua autoridade seria ir direto para o inferno” e que este “bajulava” o imperador Valentiniano para “deixá-lo exercer autoridade sobre a Igreja, então nas mãos do estado”.
- Resposta: PURA CALÚNIA! A Igreja não estava nas mãos do estado, e sim o estado nas mãos da Igreja. Quando o imperador fugiu com a chegada dos conquistadores sanguinários Átila, “o flagelo de Deus”, e de Genserico, rei dos vândalos. Foi o Bravo e Competente Administrador Papa Leão I, que os enfrentou sozinho e sem armas, apenas com a palavra de Deus, e os convenceu a deixar Roma. A frase acima que o “pastor” inventou, talvez tenha passado pela cabeça dos sanguinários Átila e Genserico, vendo o verdadeiro sucessor de São Pedro aconselhá-los. E assim eles o fizeram, deixando Roma em paz. (Enc. Microsoft Encarta 99).
- Tendo dito antes que “não havia Papa”, agora o contraditório “pastor” afirma que “Papa” significa pai, e que “todos os bispos até o século V foram chamados assim”
– Resposta: foi, mas, muito antes do séc. V, este título graças aos cristãos, foi ficando só com o bispo de Roma, à partir do pontificado de S. Sirício, ano 384. S. Pedro Crisólogo, que faleceu em 450, provando que S. Pedro já era Papa, dizia:
"Exortamo-vos, veneráveis irmãos, a receber com docilidade os escritos do santo Papa da cidade de Roma, porque S. Pedro, sempre presente na sua sede, oferece a fé verdadeira aos que a procuram", (Patrística). A expressão “Pai” (Papa) é de S. Paulo, (1Cor 4, 14-17).
- Adiante, o “pastor” calunia que “... ninguém supunha que Pedro fora Papa” e que “era casado” e não teve “ambições temporais”.
- Resposta: Permita-me citar-lhe o que diz São João Crisóstomo (349-407):
"Jesus disse [a Pedro] ‘Alimenta minhas ovelhas’. Por que Jesus não leva em conta aos demais Apóstolos e fala do rebanho somente a Pedro? Porque ele foi escolhido entre os Apóstolos, ele foi a boca de seus discípulos, o líder do coro ... Jesus lhe confia o governo sobre seus irmãos ... Se alguém perguntar: por que então foi Santiago quem recebeu a Sé de Jerusalém? Eu lhe responderia que Pedro foi constituído mestre não de uma Sé, mas do mundo todo.” (Homilia 88 (87) in Joannem, I. Cf. Orígenes, “In epis. Ad Rom.”, 5, 10; Efrén de Siria “Humn. In B. Petr.”, en “Bibl.Orient. Assemani”, 1, 95; León I, “Sermo IV de Natale”, 2. Apud Enc. Católica, Primado, art. de G. H. JOYCE).
Quanto às supostas “ambições temporais”, citadas pelo “pastor”, não cabe nem a Pedro nem aos Papas, que sempre fazem voto de pobreza quando entraram para a vida monástica, nunca um Papa morreu rico como os “pastores protestantes”.
- E mais: em nenhum lugar na Bíblia está escrito que “Pedro era casado”, como escorrega o “pastor”. Diz apenas que tinha sogra (podendo ser viúvo). O certo é que quando Pedro conheceu Jesus DEIXOU TUDO, disse: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos" (Lc 18, 28), Jesus responde: "Na verdade vos digo, que ninguém há, que tenha deixado ... ou mulher, ou filhos pelo reino de Deus que não receberá... a vida eterna" (Lc 18, 29-30).
Pedro não podia dizer ter deixado “TUDO”, se não tivesse deixado a mulher, que consta na frase de Cristo. Isso é ótimo para desbancar os “pastores” enganadores.
- Aqui, o embusteiro, usando espúria fonte protestante, fantasia que o Papa Nicolau I, que usava “coroa” teria usado as “Peseudas Decretais de Isidoro”, um falso documento, para favorecer o Papado, e como “base para as leis canônicas”.
- Resposta: PURO ENGODO! O Papa Nicolau I nunca usou coroa, como caluniava o “pastor”. E as leis canônicas são de antes da canonização da Bíblia. Sem dúvida alguma, este documento entregue por Isidoro Mercator à Igreja, é uma falsificação, tendo sido escrito entre 750 e 850 d.C. Foi demonstrado falso pelo humanista Lorenzo Valla, um assistente do papa em 1440 e repudiado pela Igreja.
A calúnia que o “pastor” levanta, é que com este falso documento: “o papado que era recente tornou-se coisa antiga”. Para que tal calúnia seja verdade, tanto o papado como as evidências do primado petrino deveriam aparecer entre os anos 750 e 850 d.C. Desta forma, basta demonstrarmos que tais ensinos são bem mais anteriores. Começa com o TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS em (Mt 16,18), e confirmam-se nos TESTEMUNHOS DOS DOUTORES DA IGREJA: na “Carta da Igreja Romana às Igrejas de Corinto”, São Clemente (+102), afirma: “os apóstolos provaram no espírito as suas primícias (...) Estabeleceram esta regra: que após a morte deles homens provados haveriam de suceder-lhe no ministério.” (Um santo para cada dia, Mario Sgarbossa – Luigi Giovannini, pág 304, Ed. Paulus).
Santo Irineu (+202), escreveu na sua obra “Contra as Heresias”: “Depois de terem fundado e estabelecido a Igreja de Roma, os bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo confiaram-na à administração de Lino, de quem fala S. Paulo na Carta a Timóteo. Sucedeu-lhe Anacleto ...” . Orígenes, ano 244, se referindo a Pedro, escreveu: “Observe a grande fundação da Igreja. A mais sólida das rochas, sob o qual Cristo a edificou. E o que o Senhor disse a ele? ‘homem de pouca fé,’ disse, ‘porque duvidas?’” (homilia sobre o Êxodo, citado em Jurgens 489).
Escreveu São Cipriano (246-249), ao Papa Cornélio sobre a ida a Roma de um grupo cismático, dizendo:
“Atrevem-se estes a dirigir-se à Cátedra de Pedro (em Roma), a esta Igreja principal de onde se originam o sacerdócio... esquecidos de que os romanos não podem errar na fé”. (Epist. 59,n.14, Hartel, 683);
e:
“Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist.55, n.1, Hartel, 614).
O Historiador Optato de Milevi, no ano 367, registrou:
"Na cidade de Roma, quem por primeiro se sentou na cátedra episcopal foi o Apóstolo Pedro, ele que era a cabeça de toda a Igreja, (...) Os apóstolos nada decidiam sem estar em comunhão com esta única cátedra (...) Recorde a origem desta cátedra, todos que reinvidicam o nome da Santa Igreja Católica..." (O Cisma Donatista 2:2).
Se o papado não fosse autoridade reconhecida e respeitada antes de 850, os temidos vândalos, Átila (452), e Genserico (455) tendo invadido a Europa, não teriam sido expulsos de Roma só com as palavras do Papa; os protestantes rasgariam hoje todo o Novo Testamento, que foi instituído pelo papado no século IV; e lógico, esta falsificação de Isidoro, do séc. IX, seria fortemente rejeitada pelas outras autoridades da época. Mas por que o Falso Decreto foi entregue? Teria sido para “exaltar o poder dos papas”, como calunia o “pastor”? NÃO! Muito pelo contrário, seria para [“manter os bispos locais contra seus metropolitanos e outras autoridades, para assegurar impunidade absoluta e a exclusão de qualquer influência do poder secular.”] (Dollinger, citado em “This Rock”, 22/10/1998).
Adiante, alegava o enganador que: “o ESTADO DO VATICANO desenvolveu-se com o Papa Estevão II (741-52)”. PURA CALÚNIA! Veja o que diz a Enciclopédia Encarta: <
Dizia ainda, o ludibriador, que o Papa Estevão II, “instigou Pepino o Breve”, que seria “filho de Carlos Magno”, e seu exército a “conquistar territórios para a Igreja, surgindo o ‘SANTO IMPÉRIO ROMANO’ que durou 1.100 anos, sob a autoridade do Papa-rei”. E que Carlos Magno teria chamado os Papas de “ambiciosos”.
PURA CALÚNIA!
1º. Pepino, o Breve nunca foi “filho” de Carlos Magno;
2º. O Papa não era rei, coroou Pepino por ter expulsado os invasores lombardos da Itália;
3º. Carlos Magno nunca falou as asneiras que o “pastor” escreveu (sua fonte é falsa e protestante);
4º. Em 774, Carlos Magno derrotou Desidério, rei dos lombardos, e assumiu o título real. Então viajou para Roma e reafirmou a promessa paterna de proteger as terras papais. Em 800 foi coroado pelo Papa Leão III;
5º. Nunca existiu esse “SANTO IMPÉRIO ROMANO que durou 1.100 anos”. O próprio Sacro Império Romano-Germânico, durou 1006 anos, e o papa nunca foi rei nele e recusou coroar. (Enc. Microsoft® Encarta 99.)
- Corrigindo o embusteiro “pastor”: "...o papado esteve na França, por um desejo do francês Papa Clemente V, eleito em Roma querendo ser coroado na França, lá foi impedido de retornar a Roma pelo Rei Filipe. Ficando o papado lá 68 anos. E quando retornou em 1377, não “voltou a ocupar o Vaticano”, (que nem existia, é de 1929), aprendeu “pastor”?
O santinho “pastor”, calunia que “derramaram muito sangue”, como se não fossem os católicos quem mais tiveram seu sangue derramado pelos hereges invasores muçulmanos e protestantes. Um exemplo foi a invasão armada dos Luteranos a Roma, que derramaram tanto sangue que, conforme Maurice Andrieux: "superou em atrocidade todas as tragédias da História". (http://www.veritatis.com.br/article/2994) Autor: Prof. Jaime Francisco de Moura.
- Festejava o velhaco, dizendo: “Napoleão aprisionou o Papa Pio VII (1740-1823)”,
- Resposta: Aqui ele omite a causa, que contra a vontade do “pastor” revelamos agora: Napoleão chegou a prender o Papa Pio VII, pelo fato deste não ter concordado com o divórcio do seu irmão Jerônimo. Diz a Bíblia: “Não separe o homem o que Deus uniu”, (Mt 19,6).
A grande resistência do Papa, só colaborou no prestígio do perfil moral do papado. É uma fantasia do “pastor” que “tentaram reagir” e que Vitor Emanuel II tenha derrotado as fantasiosas “tropas do Papa” e por isso ter-se tornado rei em 1870, pondo fim ao, segundo ele: “Santo Império Romano”.
Corrijamo-lo: Vitor e o Papa apoiavam a unificação italiana que se deu em paz, através de plebiscito popular, em 1860, um ano antes de Vitor Emanuel II ser proclamado rei em 1861, e não em “1870” como escorregava o mal intencionado “pastor” de péssima memória, que confirmará ele mesmo adiante, este plebiscito na pág. 42. (Enc. Microsoft® Encarta 99. ©).
- Em seguida, o precipitado cai do cavalo, quando declara que “os Papas ficaram confinados no Vaticano até 1929”. Como seria isso possível se o Estado do Vaticano só viria a ser criado em 1929? O Vaticano é governado pelo Papa, e não por “18 velhos Cardeais”, como delirava o “pastor” e sua “fonte”, que não passa da seção opnião de revistas semanais e Jornais diários.
- Dizia ainda o embusteiro: “Os católicos são orientados por 240 bispos mais conhecidos pela posição política do que pela religiosidade.” – PURO ENGODO! Os bispos católicos são conhecidos pela religiosidade e não se metem em política vulgar. Já os “bispos” protestantes são conhecidos por suas posições políticas, de vereador a senador. Muitos da dita “assembléia de Deus” e o “bispo” Rodrigues e outros da “igreja universal”, foram apanhados nas quadrilhas do “bingo”, “mensalão”, e “sanguessuga”. (O Globo).
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